Desde os tempos de acadêmico, tenho verificado que a soberba e o direito caminham lado a lado. Pode ser uma concepção negativista de minha parte, contudo, quem sabe em meio ao meu mar de insanidade haja algumas ilhas de lucidez.
Não tenho pretensão de ser o algoz das profissões jurídicas. Aquela pessoa que simplesmente vislumbra os erros com o intuito de escarnecimento. Considero-me apenas um SER pequeno, que por estar tão embaixo pode verificar a sujeira escondida, ou defeitos olvidados, as manchas que ninguém vê.
O objetivo não é simplesmente mostrar as manchas, mas também, buscar suas razões e verificar, quiçá possíveis soluções de limpeza.
Desde já adianto, não tenho pretensão de ser o redentor do Direito. E diante da minha pequenez não posso, e não tenho condições de estabelecer todos os equívocos de seus profissionais. Prefiro centralizar no cerne de todo mal, se é que posso utilizar essa expressão. Todo “pecado jurídico” tem seu fundamento na soberba.
O que é soberba? É a exaltação do eu em detrimento do outro. O orgulho exacerbado. E o que seria o direito? O certo, o justo, o correto. A priori, os conceitos não se ajustam, porém, na prática caminham lado a lado.
Lembro-me que Lúcifer caiu dos céus, pela soberba de querer ser igual a Deus. Utilizo essa premissa dogmática religiosa para expressar analogicamente que a exaltação do ego conduz necessariamente a uma queda. Hoje podemos ter a queda dos valores, a queda do respeito, a queda dignidade.
Não convém que assim seja, é preciso retornar a essência estruturante da ciência jurídica: a paz e a harmonia, bem como à premissa de que somos humanos, iguais em dignidade, dignos de respeito.
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