Gosto de contemplar as nuvens. Aliás, sempre tive muita admiração por elas.
Flutuam de maneira tão singela nesse azul profundo.
São livres.
Admiro a liberdade.
O Ser - Humano é um ser livre. A liberdade é um atributo do caráter humano.
Queria ser livre como as nuvens. Ser levado pelo vento.
Falando em vento, sempre o admirei também.
Sinto-me bem, com o vento em meu rosto. Sensação de liberdade.
Em minhas caminhadas, gosto de ver o vento tocando a vegetação.
Posso ouvir uma canção divina no farfalhar das folhas.
Até as nuvens sorriem para mim, com suas múltiplas formas.
Todos os sentidos ficam aguçados.
Bem disse o Mestre dos Mestres: “Olhai os lírios do campo”.
Mas, muitas vezes, teimo em me encarcerar.
O homem é livre. Tão livre, que muitas vezes opta por estar preso.
O cárcere da mente é a pior de todas as prisões.
Que criatura é essa que opta pelo sofrimento?
Hoje eu estava triste comigo mesmo.
Decepcionado com tantos dilemas da vida.
Ocasião, em que escutei um canário cantando.
O pássaro cantou de uma forma tão bonita e tão alegre (Era livre)
Quanto a mim, estava atrás das grades
(a violência da cidade nos obriga a estarmos reclusos em nossas cadeias residenciais).
Grades não somente físicas, mas também, mentais.
As preocupações, os dilemas, as decepções, as frustrações são prisões mentais.
Lembrei do Mestre: “Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?”
Obrigado Canarinho por me fazer lembrar o meu valor.