quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Não tema a morte, tema a vida não vivida




Quantas vezes mergulho em um oceano pensamentos. Quantas vezes me perco em um universo de reflexões. Busco o porquê, busco a essência, a razão de tudo.

Qual o sentido da vida? Qual o propósito da existência?

O pôr-do-sol me trás uma certa nostalgia e ao mesmo tempo demonstra o finitude de tudo.

Tudo passa …

Por mais intenso que seja o dia, ele findará! A luz dará lugar à noite … Foi-se embora o sol …Venham estrelas … venha o luar!

Interessante! Talvez essa seja a maior certeza do Ser-Humano! Tudo passa! Heráclito acertou! Não podemos entrar no mesmo rio duas vezes, as aguas passaram, o instante passou, eis o contínuo devir (…)

A maior certeza dessa vida é justamente sua mutabilidade. A regra imutável é a lei da mudança.

“A vida é um sopro”.

 O que seria a morte?

Uma constante para que valorizemos o tesouro da existência.

Não temo a morte. Até agradeço por ela existir. Uma vida eterna nessa materialidade seria, no mínimo, sem graça! A certeza da finitude aguça os meus olhos para tudo! Gosto de observar, gosto de sentir, gosto de analisar … Tenho prazer nisso!

A beleza não está em um eterno verão, mas no passar das estações. Cada uma com seu formosura particular, única!

A semente germina. Olha a plantinha. Árvore se fez. Quanta sombra. Flores. Frutos. Quantos frutos. Madeira. Bela mesa. A beleza vista por diversas fases.

(...)

Amo ver uma pessoa sorrindo. Crianças brincando. Fico admirado com a leveza da borboleta. A canto dos pássaros me encantada. O colorido das flores. A refrescancia do vento. A presença dos meus amigos. O acolhimento de meus pais.

Todo momento é único. Não se repetirá novamente.

Por isso, a vida é uma preciosidade! Um sopro que deve ser muito bem aproveitado. Uma  dádiva.

A vida é um sopro. Um piscar de olhos. Um relâmpago no céu. Uma roda gigante que sobe, mas com certeza desce … Aproveitemos enquanto ainda estamos no ciclo …

“Não tema a morte, tema a vida não vivida”

A vida é tão valorosa que não devemos perder tempo.

Algumas atitudes não convém, alguns sentimentos não são edificantes.


Uma vida não vivida é uma vida sem amor.

Uma vida não vivida é uma vida em solidão.

Uma vida não vida é uma vida sem esperança.

Uma vida não vivida é uma vida sem amigos.

Uma vida não vivida é uma sem sonhos.

Uma vida não vivida é uma vida sem Deus. Se é que podemos chamar de vida.

“Não tema a morte, tema a vida não vivida”

Lembra-te de mim





“Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço”.


A fraqueza é uma constante humana que não pode ser negada. A limitação é uma certeza que não pode ser olvidada. O anseio pelo bem, às vezes, é dominado pela prática do mal.

Que miserável homem que sou. Sei o que é certo, tenho ciência do correto e, ainda assim, erro!

Erro …

Erro …

Eis uma característica tão humana e tão próxima de mim. Errar é humano.

Mesmo que a mente seja iluminada pela luz do esclarecimento, o mal nos sonda e nos tenta. Como negar algo tão inato? Como vencer uma vontade tão poderosa?

“Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço”.

Ao menos Paulo, também, passou por isso … Meus sentimentos não são tão singulares … Sinto o que todos sentem … fraqueza … fraqueza!

A convicção humana é frágil. A carne, tendenciosa. A matéria, poderosa. É difícil vencer tais leis próprias da natureza do homem.

Deus sabe … que sozinhos não podemos … Deus sabe … quão frágil nós somos … E … nos ama mesmo assim …

Qual seria o sentido de fraqueza? Qual seria a explicação do erro? Qual seria o aprendizado do pecado?

Creio, que através dessas ponderações, tenhamos noção de nossa necessidade. Nós precisamos ter noção de nossa pequenez para clamarmos por ajuda. Sozinho nada podemos. Quem poderá me ajudar? Quem poderá me salvar de mim mesmo? Quem poderá estender as mãos e me salvar dessas águas bravias?

Quão frágil eu sou …

Deus sabe … e Ele estende as mãos e se você quiser, Ele te salva! Ele é tão bom!

Perdoa minhas faltas. Tantas faltas … erros reiterados … pequenez de fé … rebeldia … desânimo …

“Onde abundou o pecado, superabundou Minha Graça”, diz o Senhor.

Não posso limitar o Altíssimo. Não posso estabelecer limites ao agir de Deus. Ele pode todas as coisas. Pode mudar um coração. Transformar uma mente. Trazer sorriso aos lábios. Enxugar todas as lágrimas. Fazer luz onde antes haviam trevas. Ele pode!

Seu amor é tão sublime que pode limpar toda sujeira. Purificar todo Ser. Ele pode!
Lembra-te de mim Senhor … pediu o ladrão …

Não sou mais, nem menos do que aquele ladrão … também tenho meus crimes mentais … minhas falhas morais … e a condenação uma reação natural para uma vida de pecado …

Mas, lembra-te de mim Senhor, quando entrares do teu reino! Tenha Piedade mim, Senhor, porque sou fraco!

Admito! Eu admito meus erros, minhas fraquezas, minhas limitações ... Lembra-te de mim … tentando seguir o teu caminho, buscando com dificuldade a Sua presença … Lembra-te de mim e me levanta. Sustenta-me, refrigera-me, salva-me!

“Graça!”, diz o Eterno. “Minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza!”, diz o Sublime.

... "Ainda hoje estarás comigo no paraíso"!