Tempo … Tempo …
Não és absoluto,
Mas ao mesmo tempo és ditadura em mim!
O pensamento acerca do que foi.
A análise do que é.
O vislumbre do que será.
O martírio do ontem, do hoje e do amanhã …
Tempo … Tempo …
Os teus laços enlaçam a todos.
Sobre os teus nós, mistérios sem fim.
Em teu manto, alegrias e lágrimas.
Tempo … Tempo …
Não és absoluto,
Mas ao mesmo tempo és ditadura em mim!
A lembrança do passado que não passa.
Vivência de um presente sem presente.
A Esperança de um futuro.
Tempo … Tempo …
Quem dera, fosse eu, luz sem limites.
Luzeiro que brilha sem cessar.
Livre de suas amarras dolorosas.
Quiçá, um dia, esteja junto ao Arquiteto Supremo.
Que é Senhor do tempo e do espaço.
Naquele momento livre serei.
Por ora, curvo-me ao seu senhorio.
Tempo ingrato.
Visto que alegria passa rápido
Mas a tristeza é sem fim!
Tempo … Tempo …
Não és absoluto,
Mas ao mesmo tempo és ditadura em mim!
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