sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Desabafo


Não sei como iniciar esse texto. Aliás, estou escrevendo como forma de desabafo. Essas palavras não são somente a junção de letras/signos que expressam idéias. Definitivamente, NÃO!


Estou expressando os meus sentimentos! O meu ser!


Hoje tenho uma grande noção da minha pequenez! Quando a enfermidade bate em nossa porta temos noção de uma verdade, muitas vezes esquecida: Somos fracos! No final das contas, os títulos, as posses materiais não valem muito.

Minha carne sofre, especialmente meu rim esquerdo. Não se isso é consequência de meu acidente no dia 03 de setembro ou se é algo genético, ou, algo sem explicação. Tenho aprendido que nem tudo deve ser explicado logicamente.


Nesse ano tive muitas vitórias, venci muitos medos! Digamos que foi um ano intenso!


Tive um livramento de morte. Conheci Goiás Velho. Fui nos Gideões Missionários. Viajei tantas vezes para Goiânia. Passei duas semanas nas belas praias de Santa Catarina. Voltei a estudar francês e inglês. Lecionei muito. Preguei o Evangelho muito mais do que em todos os outros anos de minha vida. Tive reconhecimento dos meus colegas de trabalho e família. Diverti muito com meus amigos. Declarei para quem eu amava (mesmo que não tenha logrado êxito). Ganhei, comprei e li muitos livros. Adquiri meu sony vaio (nele escrevo este desabafo). Adquiri um carro melhor carro (com o recebimento do seguro do meu veículo anterior, cuja perda foi total em meu acidente). Estudei razoavelmente. Entrei para Acadêmia de Letras do Brasil, seccional de Rio Verde/GO.


Nesse ano eu senti o Espírito Santo de Deus. Ouvi a suave voz do Altíssimo de várias modos: pela palavra, pelas pregações, pelos meus amigos, por sonho, em oração, analisando a natureza, pelas crianças, por filmes, por músicas.


Mas (sempre há um mas), eu também me entristeci de uma forma impar. Em alguns momentos oscilei na fé. As fraquezas foram evidenciadas a níveis atmosféricos. O sonho se tornou distante e vida sem graça e sem cor. Fiquei irado e fui cruel comigo mesmo. Neguei sentimento, refutei o amor. Feri e fui ferido.


Mesmo nesses momentos, Deus estava comigo! O Seu amor me espanta! O meus erros não diminuem o Seu amor, a minhas fraquezas não O afastam de mim. Ele sempre está perto, a distância entre mim e Ele é uma oração e um joelho dobrado. Ele me entende, sabe das minhas falhas, quantas falhas!


Como as falhas me deixaram deprimido. Sem esperança! Ó Pai, Tu és minha ajuda, minha fortaleza. Renovo de alegria.


Eis que a madrugada avança, e eu penso: ”Se quiserdes podes curar-me?”


Não permitas que o pavio fumegante se apague!


Não irei ser hipócrita para abominar os problemas. Mas antes, verei uma oportunidade! Oportunidade para ver quem eu sou, e de buscar mais a Ti!


Hoje sei o que é a necessidade de um milagre. Hoje sei o que é a necessidade de um amparo. A necessidade um Pai celestial.


Sara minha dor! Limpa minha lágrimas! Sustenta-me!


Eis que agora mais uma vez, preciso de Ti, ó Senhor!


Acalma a minha tempestade. Ajuda-me a caminhar sobre as águas. Sustenta o caniço rachado.




terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Minh'alma se ilumina







No silêncio da madrugada, eu expresso o clamor de minh'alma.
A tristeza tem governado o meu ser.
Estou deprimido!
A fadiga impera em mim.
Estou angustiado!




O acúmulo do desgosto provoca uma avalanche de sentimentos.
A força vai embora.
O sonho vacila.
A vida perde a cor...




Os equívocos tornam-se montanhas
e os erros em grandes cordilheiras.
O deserto do cansaço se expande,
o oceano da solidão, torna-se revolto.




A brisa é tempestade;
o vento, furacão;
a chuva, monção;
o sol, sequidão.




Eis a hipérbole do sofrimento tolo.
Que não convém!
Que não é necessário!
Não é preciso sofrer!




Da madrugada vejo os primeiros raios do sol,
prenúncio de um novo dia,
uma nova esperança,
mudança!




As trevas foram embora!
Renasça o sonho!
Retorne a força!
Vá embora solidão!




O sol ilumina a terra.
Não me lembro da escuridão de outrora.
Foi-se embora a tristeza.
Adeus depressão.




Minh'alma se ilumina
para nunca mais se apagar,
reflexo da luz divina!
Eu não vou desanimar
!