sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Limites



Hoje experimentei a completa limitação. Limitação impar que encarcera minh'alma. Simplesmente, os planos caem por terra. A fraqueza impera. Onde está meu ideal? Onde estão meus sonhos?

Não consigo realizar o que foi previamente acordado ... enfim, os planos caem. Eu caio também. Ó tristeza sem fim. Onde está minha força? Poderia vencer as barreiras do cansaço que induzem a um sono angustiante? O sono do esquecimento … que não produz refrigério, mas somente lástima.

Sinto-me envolto em um redemoinho de pranto. Não o pranto das lágrimas. Mas o pranto da mente, o pranto do coração. Necessito de ajuda. Em mim não vislumbro aptidão e fortaleza para mais nada.

Ah como eu queria vencer a mim mesmo! Vencer as batalhas da mente, triunfar sobre o cansaço e o desânimo de uma vida sem graça.

“Estendo os meus olhos para os montes, de onde me virá o socorro?”

Ó Senhor, fonte de todo conhecimento, tenha compaixão de minha ignorância. Essência e Força Verdadeira, tem misericórdia da fraqueza que me envolve. Ó luz eterna, ilumina as minhas trevas. Ó Deus do impossível, ajuda-me a crer em meio a esse mar de impossibilidades.

Demonstras, ó grande Arquiteto, que sempre estás comigo. Opera no meu íntimo, toca em meu coração, inspira minha mente. Deveras, não posso confiar em minha incomensurável pequenez, mas o Ilimitado, em Ti estás minha fé.

Muitos confiam em si mesmo. Mas eu não posso confiar em tamanha relatividade. Confio, antes, no Eterno. Em Ti, não há variação. Ajuda-me a vencer as barreiras, superar as limitações que tanto me martirizam.

Como gostaria de vislumbrar um traço de Teu magnífico conhecimento. Poder aprender Contigo acerca do tudo … seria um eterno aprendiz diante da Tua Majestade, em um diálogo que não teria fim. A infinitude de Tua sapiência seria minha motivação.

Dizem que tu estás sempre perto! Mas, meus olhos não verificam isso. Falta de fé, quem sabe!? Talvez a tristeza já tenha me cegado. Então, sejas médico. E ajuda os doentes, cura os olhos. Como eu queria Te ver. Conversar, rir, divertir contigo.

Nunca quis um Deus distante, mas sim, um Deus perto. Deus amigo! Deus companheiro! Queria ouvir sua voz! Ver sua face ...

sábado, 20 de agosto de 2011

SALMO DE CONFIANÇA


Homem nenhum pode me ajudar.

A minha voz é como a mudez para os ouvidos de muitos.

Os meus gestos são inexpressíveis.

Ninguém vislumbra minhas necessidades.


Mas, Pai, bem sei que Tu me sondas!

Ouves em bom som os meus pensamentos.

Sabes das minhas necessidades.

Ampara o meu andar e o meu deitar.


Em Ti está minha confiança!

Por isso clamo: Ajuda-me!

Vivifica-me! Faz brotar água no deserto;

Floresça vida, onde antes havia sequidão.


Quanto aos homens, como poderiam me amparar?

Nunca resolveriam meus dilemas,

pois estão afogados em sua própria duvidas.

“Maldito o homem que confia no homem”!


Mas, bendito é aquele que tem confiança em Ti, o Eterno!

Desde o universo infinito até a partícula mais pequena,

Tu demonstras o teu agir.

Ninguém pode escapar de Teus olhos.


O que são meus dilemas diante da Tua grandeza?

Minhas fraquezas são pó, diante da glória do Altíssimo.

Meus pecados são limpos pela sua bondade.

Meu cansaço torna-se em força diante Tua presença.


Minha tristeza se extingue diante da alegria de saber que Tu me amas.

Apesar dos pesares: Tu me amas.

Apesar da minha falta de fé: Tu me amas.

Apesar dos meus erros, Teu amor é o mesmo.


Em Ti não há sombra de variação.

Eras, é, e sempre será.

Em ti minha confiança,

Somente para ti o meu clamor. Amém.


Não sei


Não consegui me encontrar.

Não achei meu lugar.

Os planos que fiz, não pude cumprir.

O sorriso que tinha, veio e fugiu.

Para onde foi? Não sei ...


Não sei de muitas coisas ...

A causa das dores? Não sei!

O porquê do cansaço sem fim? Não sei!

A sequidão do ser? Não sei!

A falta de compromisso? Não sei …


Não achei meu lugar.

Ainda não soube encontrar:

a razão, o fundamento, a lógica.

Mas, o sorriso que tinha, veio e fugiu.

Para onde foi? não sei ...


Quiçá, um dia eu o encontre.

Quiçá, haja explicação.

Para tudo que passei até aqui,

quem sabe, um dia encontre razão.

sábado, 13 de agosto de 2011

Algoz



Percebi que tenho sido algoz de mim mesmo:

Quando o melhor da vida neguei,

Quando o sonho olvidei,

Quando eu me perdi.


Percebi que sou algoz:

Quando não me permito sentir,

Quando a razão me governa,

Quando nego sorrir.


Sou algoz:

Por resistir ao amor,

Por fugir da paixão,

Por eternizar a dor.


Algoz:

Do corpo e da mente,

Do sentimento inocente,

Que deixei para trás.


Algoz:

Pela cobrança sem fim,

Pela vida sem cor,

Pelo trabalho incessante que não satisfaz.


Percebi que tenho sido algoz de mim mesmo,

Condenando-me a uma infelicidade que não mereço.

Isso foi há um instante atrás...

Mas, não mais...